Fonoaudiólogas que participaram da fase de testes da vacina contra COVID-19 revelam como foram suas experiências

Fonoaudiólogas que participaram de testes da vacina covid-19

As fonoaudiólogas Andrea Braga (CRFa 1-10631) e Aline Chaves (CRFa 1–13497) foram as primeiras a receberem a vacina de AstraZeneca/Oxford. Mas, no caso delas, foi por um motivo especial. Elas foram voluntárias que participaram dos testes da vacina no Rio de Janeiro.

Andrea atua na linha de frente desde do início da pandemia e teve sorte. Descobriu no dia 23/01/2021 que já estava imunizada há meses e comemorou:

– Primeira dose em 06/07/2020 e segunda dose em 05/10/2020. MUITO ORGULHO EM FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA! Tenho admiração e respeito pela ciência, precisamos investir mais!

Já a Aline achou que tinha recebido o placebo, substância sem os anticorpos, mas foi surpreendida nesta semana com a informação de que estava oficialmente vacinada. A experiência e contribuição dela foi decisiva para os estudos e também início da vacinação no país. Por isso, quando as primeiras doses chegaram na Brasil, a fonoaudióloga recebeu o convite para ser oficialmente vacinada contra COVID-19.

– Eu fiz exames de sangue, teste de gravidez e tomei a primeira dose no dia 24/07/2020 e, 30 dias depois, tomei a segunda dose. Nós voluntários não ficamos sabendo se tomamos a vacina ou placebo, somente no final do estudo que fomos informados. Semanalmente eu preenchia um questionário do centro de pesquisa, até que no dia 24/11/2020 fui diagnosticada com COVID-19 e aí tive quase certeza que tomei o placebo – explicou Aline.

Quando as primeiras doses chegaram na Brasil, a fonoaudióloga recebeu o resultado final do seu teste com a tão sonhada boa notícia:

– Hoje foi realizado o descegamento no instituto de pesquisa Rede Dor. Descobri que não tomei placebo e que tinha tomado a vacina mesmo.  Peguei meu cartão de vacina e estou muito feliz! – disse Aline.

 

A fonoaudióloga recebeu suporte de médicos, foi monitorada por uma equipe e fazia coletas de sangue mensalmente. O convite para participar dos testes surgiu quando a fonoaudióloga trabalhava na linha de frente no hospital de campanha do Maracanã. No dia 14/07/2020 ela foi selecionada para uma primeira consulta e assinou o termo de consentimento.
Mesmo sem ter certeza de que receberia a vacina e ter consciência do risco, ela aceitou o desafio:

– Sempre gostei de ajudar as pessoas e tinha um sonho de fazer parte da história da minha nação e aí quando surgiu a oportunidade de ser voluntária não pensei duas vezes e me inscrevi . Sempre acreditei na ciência e nas pesquisas e tenho orgulho de ser da saúde. Ter sido voluntária da vacina de Oxford não teve preço.

Aline continua trabalhando na linha de frente do hospital São Lucas, em Copacabana, e no Hospital Vital, no Engenho Novo. Mas agora ela está imunizada e sentindo-se bem mais segura para exercer sua profissão:

– Sou muito feliz por ter participado de uma pesquisa mesmo sabendo que correria risco por amor ao próximo, não poderia me abster em respeito a tantas vítimas que morreram nessa pandemia, inclusive na minha frente. Eu vi pessoas querendo o sopro de vida nos pulmões e, infelizmente, a luta foi em vão. Por isso, eu me orgulho de ter feito parte da história do mundo. Torço pra que todos sejam vacinados.

Andrea trabalha no Hospital Federal de Ipanema e no Glória Dor, mas na época dos testes atuava no Hospital Cardoso Fontes e no Norte Dor.

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