Fonoaudiologia participa de audiência pública em Petrópolis sobre emergência no SUS

A fonoaudióloga Viviane Marques e o vereador de Petrópolis, Silmar Fortes
A fonoaudióloga Viviane Marques e o vereador de Petrópolis, Silmar Fortes

A convite do 10º Colegiado, a fonoaudióloga Viviane Marques (CRFa 1-10022) representou a Fonoaudiologia do Rio de Janeiro em audiência pública na Câmara Municipal de Petrópolis, no início desta semana (6 de julho), cujo enfoque foi “Portas de Entrada de Urgência e Emergência do SUS Municipal“. Coordenadora da pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar da Universidade Veiga de Almeida, Viviane procurou evidenciar a importância dos fonoaudiólogos na equipe multidisciplinar que atua nos hospitais.

A audiência pública foi proposta e mediada pelo vereador Silmar Fortes (PMDB), presidente da Comissão em Defesa da Saúde, e reuniu profissionais da área de saúde, servidores e o Ministério Público Estadual. “Mostrar a nossa importância é um dever da classe toda. Temos poucos fonoaudiólogos ainda atuando nas unidades de emergência”, afirmou Viviane Marques. E completou: “Tentei demonstrar como podemos auxiliar com a nossa triagem a evitar internações prolongadas por aumento de comorbidades relacionadas à disfagia e aos episódios de broncoaspiração. Estudos demonstram que a disfagia tende a dobrar o tempo de internação dos doentes”.

A presidente do CREFONO1, Lucia Provenzano (CRFa 1-1700), explicou que ao receber o convite da Câmara Municipal de Petrópolis, o pensamento do colegiado foi encontrar um profissional que estivesse atuando na área e que pudesse enriquecer o debate. “O Conselho está aberto a contribuições não só neste caso, mas em outros que virão. Quem está no mercado, lidando com o dia a dia de uma determinada área de atuação, pode levar sua visão com propriedade e somar. Quem ganha com isso não é o CREFONO1 ou a Viviane Marques, mas a Fonoaudiologia, a saúde e a população”, salientou Lucia Provenzano.

Viviane Marques lembrou aos presentes que há um alto índice de pacientes pós AVC (acidente vascular cerebral) nas unidades de emergência e o AVC ainda é uma das maiores causas de morte no Brasil. “Uma portaria do Ministério da Saúde garante que pacientes pós AVC tenham assistência fonoaudiológica no leito”, informou.

Viviane Marques

Além do AVC, a fonoaudióloga disse que é comum entre os pacientes de emergência um grande número de idosos e pessoas com doenças broncopulmonares, que são predispostos à disfagia. “Pude ressaltar que atuamos também identificando os casos de disfagia grave e sinalizamos ao NIR (Núcleo Interno de Regulação de Vagas) a necessidade de internação para que o paciente possa ser nutrido por via alternativa de alimentação. Sinalizamos para a equipe de nutrição a consistência alimentar mais segura a ser liberada”, pontuou.

Outro aspecto abordado por Viviane foi como a Fonoaudiologia Hospitalar pode reduzir significativamente os custos com dieta enteral e pneumonias aspirativas, auxiliando na liberação mais rápida de leitos de emergência e evitando a necessidade de ventilação mecânica. “Estima-se que um paciente com um episódio de broncopneumonia por aspiração de alimento custe em média 17 mil dólares (mais de R$ 50 mil). Além de aumentar o tempo de internação (média de 15 dias), é uma causa importante de aumento de mortalidade”, assinalou.

Viviane Marques concluiu, ressaltando que a Fonoaudiologia objetiva agregar a equipe multidisciplinar e é parceira de gestores, pacientes e suas famílias.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

 

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