O CREFONO-1ª Região foi oficialmente instalado em 07 de março de 1986, em solenidade realizada no Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, ocasião em que foram empossados os primeiros Conselheiros Efetivos e Suplentes do órgão, de acordo com a Resolução 026/85, de 01/09/85, do Conselho Federal de Fonoaudiologia.
A Fonoaudiologia do Estado do Rio de Janeiro – Você é Parte dessa História
A Fonoaudiologia brasileira passou por grandes transformações que acompanharam a história do Brasil e do Estado da Guanabara, atual Estado do Rio de Janeiro. Do período imperial, findo em 1889, passando pela transferência da capital nacional da cidade do Rio de Janeiro para Brasília em 1960, aos tempos atuais, a ciência e as práticas, pelas quais hoje nos mantemos fortes em fazer crescer e multiplicar, recebeu diversas nomeações: ortofonia, terapia da palavra, terapia da linguagem, logopedia, até chegar à nossa Fonoaudiologia. Por exemplo, no II Simpósio Brasileiro de Terapia da Palavra, que ocorreu em 1972 no Instituto Benjamin Constant, havia entre palestrantes, além de profissionais de outras áreas, como psicólogos, médicos, pedagogos etc., ortofonistas, terapeutas da palavra, logopedistas e fonoaudiólogas. Sendo a década de 70 fundamental no fortalecimento e demarcação do nome da profissão de fonoaudiólogo (a), ascendendo à regulamentação da profissão pela Lei 6.965 de 9 de dezembro de 1981. Logo, a Fonoaudiologia se torna uma ciência e uma área da saúde na interseção de saberes, da Saúde e da Educação, mas também das Ciências Humanas (como a Filosofia e a Psicologia), das Ciências Exatas (como a Física) e das Políticas Públicas. Promovendo, principalmente, a comunicação humana como um direito de todas as pessoas.
LINHA DO TEMPO
1854 – Fundação do Imperial Colégio para Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant
1855 – Fundação do Colégio Nacional para crianças surdas, atual INES.
1912 – Pesquisas do Dr. Augusto Linhares, chefe da Clínica de Ouvidos, Nariz e Garganta da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, sobre reabilitação dos distúrbios da voz e da fala.
1916 – Publicações nacionais sobre afasia, paralisia facial, anartria, voz cantada e logopedia e ortofonia.
1950 – Primeiros movimentos para habilitação sistemática de terapia da palavra.
1951 – Curso de Formação de Professores de Surdos no INES.
1953 – Curso de Aperfeiçoamento em Educação Primária em Classes Especiais, coordenado por Abigail Caraciki, tendo como uma das disciplinas a ortofonia, ministrada por Eunice Pourchet.
1955 – Fundação do Setor de Ortofonia na APAE por Abigail Caraciki. Fundação do Instituto Brasileiro de Reeducação Motora, com um Setor de Fonoaudiologia, dirigido por Ruth Pereira até 1985.
1960 – Maria da Glória Beuttenmüller tornou-se coordenadora do Setor de Logopedia do Instituto Benjamin Constant (o sendo até 1974).
1963 – Primeiro curso de Terapia da Palavra, com duração de 1 ano, organizado por Abigail Caraciki.
1967 – Fundação da Sociedade Brasileira de Terapia da Palavra.
1968 – As Clínicas de Terapia da Palavra são oficializadas como Centros de Terapia da Palavra, vinculadas à Secretaria de Educação e Cultura do Estado.
1969 – I Congresso Brasileiro de Terapia da Palavra, promovido pelo departamento de Educação Primária do Estado do Rio de Janeiro, fundação do Serviço de Logopedia na Escola de Aperfeiçoamento da Associação Brasileira de Odontologia e criação do Setor de Ortofonia do Instituto Técnico de Educação.
1973 – Fundação do Setor de Fonoaudiologia do Centro de Produção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Cepuerj) e criação da Clínica Escola com o objetivo de oferecer campo de estágio aos alunos da Faculdade de Fonoaudiologia do Instituto Cultural Henry Dunant (adquirido pela Faculdades Integradas Estácio de Sá).
1974 – Parecer nº 2013, do Conselho Federal de Educação, que disciplinou o Curso de Fonoaudiologia, para o preparo dos profissionais.
1976 – Resolução 54/76 do Conselho Federal de Educação, na regulamentação do Curso de Graduação em Tecnólogo de Fonoaudiologia.
1980 – Criação do Setor de Fonoaudiologia do PAM – São Francisco Xavier.
1981 – Iniciado o trabalho de Fonoaudiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, por Maria Carmélia D’Urso de Oliveira. Regulamentação da profissão de fonoaudiólogo pela Lei nº 6.965 e oficialização do dia 9 de dezembro como o Dia do Fonoaudiólogo.
1982 – I Jornada Brasileira de Fonoaudiologia patrocinada pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, transferência do Curso de Fonoaudiologia para a Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá, inaugurado o Ambulatório de Fonoaudiologia e Audiometria da Cruz Vermelha, Criação do Instituto de neurologia Deolindo Couto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e criação do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa).
1983 – Realizado o I Congresso Internacional dos Profissionais em Fonoaudiologia, I Congresso brasileiro de Fonoaudiologia e II Encontro nacional de Fonoaudiologia pela Universidade Estácio de Sá. Posse do 1º Colegiado do CFFa.
1984 – Inclusão da categoria profissional de fonoaudiólogo no Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS).
1985 – Criação do cargo de fonoaudiólogo no município do Rio de Janeiro.
1986 – Posse do 1º Colegiado do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 1ª Região – Gestão 1986/1989, tendo por presidente Regina Góes Jakubovicz.
1993 – Implantada a Faculdade de Fonoaudiologia no Ensino Público pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2001 – Primeiro mestrado profissionalizante em Fonoaudiologia, pela Universidade Veiga de Almeida.
2010 – Implementação do Curso de Graduação em Fonoaudiologia na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Nova Friburgo, região serrana do estado do Rio de Janeiro.
REFERÊNCIA
CARACIKI, Abigail M.; CARDOSO, Iclea; CANONGIA, Marly B. Ortofonia, terapia da palavra, terapia da Linguagem, Logopedia, Fonoaudiologia – História da Fonoaudiologia do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lovise, 2004.